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ANA MARIA MAIOLINO
( ITÁLIA )
Anna Maria Maiolino (Scalea, 20 de maio de 1942) é uma artista plástica ítalo-brasileira, que vive e trabalha em São Paulo.
Nasceu em Scalea, Calábria, Itália, em 1942, de pai italiano e mãe equatoriana. Ela é a ultima criança de dez filhos. Com sua família em 1954 emigra para Venezuela. Em 1958 se inscreve na Escola Nacional Cristobal Rojas , Caracas, Venezuela, no curso de Arte Pura. Atualmente é representada pela Galeria Luisa Strina em São Paulo.
Chega ao Brasil em 1960. No Rio de Janeiro ela frequenta cursos livres de pintura e xilogravura na Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluna de gravura de Adir Botelho. Participa da Nova Figuração, movimento que se afirmava no inicio da década de sessenta no Brasil, em 1961, inicia curso de gravura em madeira na Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro, e integra-se à Nova Figuração, movimento de reação à abstração e tomada de posição frente ao momento político brasileiro. Freqüenta o ateliê de Ivan Serpa (1923 - 1973), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, e estuda xilogravura com Adir Botelho, em 1961-1962. Integra em 1967 a mostra Nova Objetividade Brasileira, no MAM, Rio de Janeiro e assina o manifesto: “Declaração de Princípios Básicos da Vanguarda” junto com Hélio Oiticica, Antônio Dias, Rubens Gerchman, Lygia Clark, Lygia Pape entre outros. No mesmo ano realiza sua primeira exposição individual no Brasil, mostrando xilogravuras na Galeria Goeldi, no Rio de Janeiro.
Em 1963 casa com o artista Rubens Gerchman com o qual teve dois filhos, Micael e Verônica. Totalmente integrada no meio cultural do Brasil, especialmente do Rio de Janeiro, Maiolino toma em 1968 a cidadania Brasileira. A década de 1970 é significativa no que concerne à experimentação e à utilização de diversas mídias, como: poesia escrita, filme super 8, performance, fotografia, alem de continuar a utilizar o desenho, a pintura, a gravura e a escultura. Movida pela vontade de experiências, Anna Maria Maiolino em 1990 incorpora na sua obra o vídeo. A palavra escrita em 2000 ganha voz e inicia trabalhos sonoros que virão a somar-se a obra.
Desde 1992 com sua participação na mostra curada pela critica belga Catherine de Zegher: AMERICA - Bride of the Sun. 500 years Latin America and the Low Countries, Royal Museum of Fine Arts, Antwerp, Belgium, a obra de Maiolino passa a ser vista com interesse no meio da arte internacional. Suas obras passam a fazer partes de coleções particulares e de museus fora do Brasil, como: Reina Sofia, Madrid, Espanha; MoMA, Nova York, USA; Castello di Rivoli, Torino, Itália; Galleria Nazionale, Roma Itália, Blanton Museum da Universidade do Texas em Austin e outros. Também passa a participa de um grande numero de mostras internacionais na Europa e nos Estados Unidos de America.
A arte de Maiolino desde o inicio é totalmente elaborada no Brasil e a artista assume para sua arte esta identidade e reconhece que é à arte brasileira que deve sua formação.
No Brasil realiza inúmeras exposições individuais e toma parte em varia exposições coletiva. Integra as Bienais internacionais de São Paulo: IX em 1967; XII em 1973; XVI em 1983; XXI em 1991; XXIV em 1998; XXIX em 2010; e em 2010 participa da XXIX
Leia mais sobre a autora em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Anna_Maria_Maiolino
MAIOLINO, Anna Maria; HELENA TATAY. Ana Maria Maiolino. Tradução:Claudio Alves Marcondes, Gênese Andrade. São Paulo: Cosac Naif, 2012. 272 p. ilus. col. 21 x 26,5 cm capa encadernada.
ISSN 978-85-405-0214-7. Ex. biblioteca de Antonio Miranda
Linha solta, série “Desenhos / Objetos”m 1975; papel e linha de costura
em caixa de madeira sobre de costura em caixa de madeira sob vidro,
54,5 x 13,5 cm, tiragem de 5mm col. particular.,
quatro lados
meu quarto,
nesse quadrilátero
perfeitamente enquadrado
arquiteto, desenho
traço, apago, refaço
mil formas de asas
até o fim.
1976
caminhava às escuras
no recinto da alma
sob responsabilidade céu
2010
Converso com o silêncio:
A ontogenia encontra-se na semelhança dos diversos embriões,
Homem, galinha, peixe, macaco até certa fase do desenvolvimento
parecem-se iguais.
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